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Edição 2017
Filmes
A beleza de porcelana de Catherine Deneuve oculta um defeito interior naquele que é um dos papéis mais icónicos da actriz: Séverine, uma dona de casa parisiense que, secretamente, começa a trabalhar num bordel todos os dias à tarde. Este conto surrealista e erótico do mestre provocador Luis Buñuel é uma análise do desejo e do prazer fetichista (dos seus personagens e dos seus espectadores), e igualmente um ensaio ligeiramente absurdo dos costumes da sociedade contemporânea e das divisões de classe. Fantasia e realidade combinam-se nesta explosiva transgressão cinematográfica, que foi um dos maiores sucessos de Buñuel.
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Elenco:
Catherine Deneuve, Jean Sorel, Michel Piccoli, Geneviéve Page, Pierre Clémenti, Françoise Fabian, Macha Méril -
Título original:
Belle de Jour -
País:
França, Itália -
Ano:
1967 - 100'
Realizador
Luis Buñuel
Luís Buñuel, nascido em Espanha, em 1900, foi uma figura central do movimento surrealista. Ateu e simpatizante comunista, interessava-se pela exploração de temas como a crueldade gratuita, o erotismo e a obessão religiosa. Em 1917, juntou-se à Residencia de Estudiantes, uma instituição cultural de Madrid, onde conheceu Federico García Lorca e Salvador Dalí. Em 1924, lançou o seu primeiro filme, Un Chien Andalou, com argumento de Dalí. No México, filmou The Forgotten (1947), o qual lhe valeu o seu primeiro prémio de Melhor Realizador no Festival de Cannes, em 1951. Em 1961, regressou a Espanha e começou a filmar Viridiana, filme galardoado com a Palma de Ouro em Cannes. Em 1967, venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza pelo filme Belle de Jour. Morreu no México, em 1983.
