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Edição 2020
Filmes
Filmado na Jamaica entre 2015 e 2019, Shelly Belly inna Real Life é uma colaboração entre a artista e coreógrafa Cecilia Bengolea e a cena do dancehall em Kingston e Bog Walk. Narrado através do movimento e da música, o filme explora as influências da cultura e da natureza na comunidade artística da ilha caribenha e segue a linguagem do dancehall a partir dos ritmos complexos das paisagens selvagens até às coreografias das pessoas cuja prática apaixonada define o estilo. A sua perspectiva privilegiada no interior do meio garante uma visão única sobre personagens que conceberam uma visão do movimento e da vida a partir dos seus fundadores Jamaicanos e transportada para os quatro cantos do mundo.
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Elenco:
Major Mission, Erika Miyauchi, Kissy McKoy, Craig, Nick, Jay, Shaky and Prince Blackeagle, Cecilia Beingolea, Shelly Belly, Overload Skankaz Oshane, Overload Skankaz Teroy, Giddy Elite Team, Alii and Lee Twinstarzz, Shanky, Winkyy and Larry Equanoxx -
Título original:
Shelly Belly inna Real Life -
País:
Jamaica -
Ano:
2020 - 24’ Inglês
Realizador
Cecilia Bengolea

Nascida em Buenos Aires, Cecilia Bengolea estudou formas de dança urbana antes de prosseguir os seus estudos em Dança Antropológica, em Filosofia e em História da Arte na Universidade de Buenos Aires. Em 2001, mudou-se para Paris e realizou a formação Ex.e.r.c.e., dirigida por Mathilde Monnier em Montpellier. Em diálogo com a obra Tristes Trópicos de Lévi-Strauss, a artista co-realizou dois vídeos em 2011: La Beauté (tôt) vouée à se défaire com Donatien Veisman e Cri de Pilaga com Juliette Bineau. Em colaboração com Jeremy Deller, co-realizou o filme RythmAssPoetry (rap) por encomenda da Bienal de Lyon 2015. O segundo filme da dupla, Bombom’s Dream, filmado na Jamaica em 2016, resultou de uma encomenda da Hayward Gallery London e da Bienal de São Paulo 2016. Para a BoCA de 2017, Bengolea apresentou a performance Buss Dem Head com o DJ Nigga Fox no Lux/Frágil e, em 2020, foi convidada a participar na série Homework, projecto desenvolvido pela BoCA no período de confinamento social. Artista multidisciplinar, Cecilia Bengolea concebe a dança e a performance como “escultura animada” e saúda o facto de estas formas lhe permitirem tornar-se “objecto e sujeito ao mesmo tempo”.