Nascida em Nova Orleães, Louisiana, em 1945, Barbara McCullough é realizadora, produtora e especialista em efeitos visuais. O cinema experimental atraiu-a pela possibilidade de poder expressar a essência da comunidade afro-americana, através de uma nova dimensão baseada no seu misticismo ancestral e no uso de texturas visuais envolventes. O seu trabalho tem contribuído para revelar o outro lado de uma comunidade habitualmente marcada por uma série de estereótipos cinematográficos.

McCullough está associada ao movimento conhecido por L.A. Rebellion, sediado na Escola de Teatro, Cinema e Televisão da UCLA - Universidade da Califórnia, Los Angeles - e conhecido também como ‘Los Angeles School of Black Filmmakers’: uma geração de realizadores dos anos 60 a 80 da UCLA, criadores de um revolucionário Cinema Negro divergente das convenções de Hollywood e atento às reais vivências da comunidade afro-americana. A sua obra cinematográfica inclui: Water Ritual #1: An Urban Rite of Purification (1979), sobre a purga da contaminação do ambiente suburbano do corpo de uma mulher afro-americana; Shopping Bag Spirits and Freeway Fetishes: Reflection on Ritual Space (1981), uma reflexão de várias criadoras afro-americanas sobre a noção de espaço ritualístico, as curtas Fragments (1980) e The World Saxophone Quartet (1980) e o documentário Horace Tapscott: Musical Griot (2017).  

Os seus projectos foram já exibidos em locais como o Tate Modern Museum, British Film Institute, Brooklyn Museum, Whitney Museum, Pan African Film Festival e outras instituições internacionais. Mantendo-se ligada a temas como a diáspora africana e o feminismo negro, e na realização de cinema como processo estético e espiritual, McCullough é ainda responsável pelo departamento de efeitos visuais na Savannah College of Art and Design.